sexta-feira, 25 de abril de 2014

:: FIGURAS de Abril :: Saudade do roqueiro-poeta ::

Já no rock nacional, abril é marcado pela eterna saudade de Cazuza. No dia 4 deste mês ele celebraria seu 56o aniversário.
Mas apesar de o Exagerado não estar mais entre nós, os fãs sempre podem rememorar seus grandes momentos por meio dos discos. Um deles é Maior Abandonado. O disco completa 30 anos em 2014. No repertório, três hits que viraram clássicos: Maior Abandonado, Por Que A Gente É Assim? e Bete Balanço.
Considerado um dos melhores trabalhos do Barão Vermelho, Maior Abandonado foi o último a contar com participação de Cazuza. Embalado pelo sucesso disco, o grupo fez uma apresentação antológica no primeiro Rock In Rio, em 1985. Em seguida, Cazuza deixou a banda para seguir uma igualmente bem sucedida carreira solo.


Outro aniversariante ilustre de abril é o disco Diamond Dogs, que completa 40 anos e é um dos trabalhos mais emblemáticos de David Bowie.
Inicialmente, a ideia do Camaleão era fazer um álbum conceitual inspirado na clássico romance distópico 1984, de George Orwell. Como curiosidade, vale lembrar que o personagem protagonista do livro é Winston Smith, que começa a escrever um diário secreto no dia 4 de abril de 1984.



E em tempo, Bowie é o tema de uma exposição no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo, que fica em cartaz até o dia 20 de abril.



terça-feira, 22 de abril de 2014

:: FIGURAS de Abril :: Luto triplo no punk! ::

O mês é também de luto para os fãs do punk. A primeira data funesta marca os 20 anos da morte de Kurt Cobain, líder do Nirvana.
Principal nome do grunge, o grupo foi o responsável por levar o punk ao topo das paradas radiofônicas e de vendas com o platinado álbum Nevermind, puxado pelo megahit Smells Like Teen Spirit.
Com o surpreendente sucesso do Nirvana, as gravadoras e a mídia foram à caça de outras bandas da barulhenta cena de Seattle. Angustiado com o status de rock star, Cobain mergulhou fundo na depressão.
Em 1993, após o lançamento do disco In Utero, as coisas pioraram, com uma sucessão de overdoses e tentativas frustradas de suicídio. Para ajudar a turbinar as vendas do álbum, no fim do ano o grupo foi a Nova York gravar o programa Unplugged da MTV.

O ano de 1994 começou promissor com uma tour na Europa. Após terminá-la, Cobain e sua esposa Courtney Love passaram uns dias de férias em Roma. No período, ele teve outra overdose. De volta a Seattle, após ameaçar se suicidar, Cobain foi internado numa clínica de reabilitação, de onde fugiu. No dia 8 de março, ele foi encontrado morto por um eletricista. Perto do seu corpo havia uma arma. Na época, segundo os legistas, Cobain havia morrido três dias antes.


Outra perda que doeu fundo na alma da galera punk foi a de Joey Ramone. O icônico vocalista dos Ramones morreu de câncer linfático no dia 15 de abril de 2001.
Depois de mais de 20 anos de honrosos serviços prestados ao rock, os Ramones penduraram as guitarras com o derradeiro disco, emblematicamente intitulado ¡Adios Amigos!.


Sem ter mais a companhia de seus companheiros, Joey decidiu seguir em carreira solo. Mas, infelizmente, não conseguiu: sua morte se deu em meio às gravações de seu primeiro disco Don't Worry About Me.
Como homenagem póstuma, o álbum acabou sendo lançado no ano seguinte. No repertório, um dos destaques é a eletrizante cover do clássico  What A Wonderful World, de Louis Armstrong.


Quem fecha a trinca dos obituários punk é Malcom McLaren, que morreu no dia 8 de março de 2010. Figura folclórica do punk britânico, McLaren se notabilizou por ter sido o empresário dos Sex Pistols.
Depois do fim do grupo, ele enveredou pela new wave ao trabalhar com o cantor Adam Ant e a banda Bow Wow Wow, aventurou-se pela dance music, eletrônica e até hip hop. Em 1982, como Malcolm McLaren & The World's Famous Supreme Team lançou o single Buffalo Gals.





quarta-feira, 9 de abril de 2014

:: FIGURAS de Abril :: Luto duplo para os fãs dos Beatles ::


O dia 10 de abril é de luto duplo para os fãs dos Beatles. A primeira tragédia nessa data foi em 1962: a morte de Stuart Sutcliffe.
Ele fez parte da primeira fase do grupo (então um quinteto com Stu, John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Pete Best), marcada por covers de hits do rock'n'roll e shows em bibocas. Apesar de ser uma nulidade como baixista, Stu entrou na banda por ser amigo de John Lennon da época em que estudaram no Liverpool College Of Art.
Em Hamburgo (Alemanha), onde tocava com frequência, o grupo conheceu a  fotógrafa Astrid Kirchherr, a quem é atribuída a ideia do corte de cabelo moptop que os Beatles começaram a adotar.
Stu e Astrid logo começaram a namorar. Quando a banda voltou para Inglaterra, ele ficou em Hamburgo para se casar com Astrid e dedicar-se à carreira de artista plástico. Em seus últimos meses de vida, Stu vinha sofrendo de fortes dores de cabeça e veio a morrer devido a um aneurisma.
Cinco meses depois, já com Ringo Starr no lugar de Best, os Beatles entraram em estúdio para gravar seu primeiro single Love Me Do.
Stu foi homenageado pelos Beatles em 1967 no disco Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band. Na capa, o grupo incluiu uma foto do falecido ex-colega.
Em 1994, a breve vida de Stu foi contada no filme Backbeat – Os Cinco Rapazes de Liverpool.


A outra tragédia, e a mais lamentada até hoje pelos beatlemaníacos, se deu em 10 março de 1970, quando Paul McCartney anunciou o fim da banda.
Ele divulgou a notícia para a imprensa por meio de uma ambígua autoentrevista na qual também revelou o lançamento de seu primeiro disco solo, McCartney.
O fato enfureceu Lennon. Em maio, numa entrevista à revista Rolling Stone,  ele desceu a lenha em Paul, acusando-o de ter usado o anúncio da separação para alavancar as vendas de seu disco.
Mas, internamente, o fim parecia ser apenas uma questão de tempo, pois cada integrante já vinha se dedicando a trabalhos paralelos.
Em meio às turbulentas gravações e filmagens do malfadado projeto Get Back, o grupo fez em 30 de janeiro de 1969 sua última apresentação ao vivo no topo do prédio da Apple Records (a empresa criada pelos próprios Beatles). Depois, em setembro, Lennon comunicou aos seus companheiros que estava deixando a banda. Todos concordaram em não tornar público o fato.
Get Back acabou sendo rebatizado como Let It Be, e o projeto enfim foi lançado em maio de 1970 como disco e filme.





segunda-feira, 7 de abril de 2014

:: FIGURAS de Abril :: O Pai do LSD ::

Se a maconha está para o reggae, o LSD está para o rock. A famosa droga que embalou os anos 1960 e 1970 foi obra do acaso.
O químico suíço Albert Hoffmann descobriu o LSD em abril de 1938 durante pesquisas sobre propriedades medicinais de um fungo de centeio. Em abril de 1943, retomou as pesquisas com a droga. Ao manusear acidentalmente uma quantidade, acabou sentindo os efeitos alucinógenos. Intrigado, três dias depois ele próprio serviu de cobaia ao experimentar uma dose maior, e em seguida saiu para dar um passeio de bicicleta.
Nos anos seguintes, o LSD se popularizou e caiu no gosto de artistas e bandas famosas graças principalmente a Timothy Leary, professor da Universidade de Harvard que virou um dos gurus da contracultura ao propalar as virtudes terapêuticas e espirituais da droga.
Mas logo veio a bad trip: o LSD foi proibido em 1970. Hoffmann condenou o uso indiscriminado do alucinógeno e defendeu sua utilização em quantidades controladas para fins de pesquisa, medicinais e terapêuticos. Inclusive, chegou a escrever o livro LSD, My Problem Child. Lutando contra a desinformação sobre seu “filho” famoso, Hoffmann faleceu em 29 de abril de 2008 em Burg im Leimental, na Suíça.
Um dos muitos roqueiros que embarcou nas viagens do LSD foi Syd Barrett.  Mentor da fase psicodélica do Pink Floyd, o músico começou a ter problemas mentais, agravados pelo uso da droga, chegando ao ponto de ficar em estado catatônico nos shows e apresentações em TV.

A situação ficou insustentável, e em 6 de abril de 1968 Barrett foi saído pelo grupo. Seu posto de guitarrista já vinha sendo ocupado por David Gilmour. Logo em seguida, o Pink Floyd lançou seu segundo álbum, A Sacerful Of Secrets, que trouxe Jugband Blues, a última composição de Barret interpretada por ele e gravada com o grupo.



sexta-feira, 4 de abril de 2014

:: FIGURAS de Abril :: Revoluções ::

O velho ditado diz “pedra que rola não cria musgo”.
O blog Figuras do Rock segue em movimento para resgatar em alto e bom som fatos, músicas e discos do mês de abril no calendário roqueiro.
Movimento foi também o que marcou um visionário empreendedor americano que mudou a vida das pessoas em escala mundial. Tudo começou em 1o de março (não é mentira) de 1976, quando Steve Jobs, seu xará Steve Wozniak e Ronald Wayne fundaram a Apple.
A empresa foi responsável por grandes mudanças e revoluções tecnológicas com produtos icônicos como o Mac (primeiro computador pessoal do mundo) e o iPod. Lançado em 2001, o iPod afetou o hábito de ouvir música, impulsionou o mercado de música digital e ajudou artistas (em especial os independentes) a espalharem seu trabalho para mais gente.
Carismático, Jobs virou pop star. Cada apresentação sua para anunciar novidades da Apple eram verdadeiros acontecimentos. Mas, nos bastidores, muitos diziam que ele era um chefe perfeccionista, obsessivo e até muitas vezes cruel com seus funcionários.

Falecido em 5 de outubro de 2011 devido a um câncer no pâncreas, Jobs teve sua fascinante trajetória retratada em livro e no filme Jobs, de 2013, estrelado por Ashton Kutcher.


Enquanto Jobs iniciava sua revolução digital, Bob Marley prosseguia com sua revolução sem armas. Também em abril de 1976, o Rei do Reggae, acompanhado dos Wailers, lançou o disco Rastaman Vibration, que trouxe uma das músicas mais emblemáticas de sua carreira, War.
Ele a compôs inspirado no discurso que Haile Selassie proferiu em junho de 1936 na Liga das Nações (a antiga ONU). O soberano etíope protestou contra o uso de arsenal químico por parte da Itália contra seu país.
Mais conhecido como Ras Tafari, Selassie é o líder do movimento rastafári. Proclamado imperador da Etiópia em 2 de abril de 1930, ele foi considerado uma das figuras centrais no processo de unificação do continente africano. Orador habilidoso, influenciou com suas ideias outros grandes nomes do movimento negro como Martin Luther King e Nelson Mandela.


Aguardem mais destaques do mês de Abril na próxima semana!