Se a maconha está para o reggae, o LSD está para o
rock. A famosa droga que embalou os anos 1960 e 1970 foi obra do acaso.
O químico suíço Albert Hoffmann descobriu o LSD em
abril de 1938 durante pesquisas sobre propriedades medicinais de um fungo de
centeio. Em abril de 1943, retomou as pesquisas com a droga. Ao manusear
acidentalmente uma quantidade, acabou sentindo os efeitos alucinógenos.
Intrigado, três dias depois ele próprio serviu de cobaia ao experimentar uma
dose maior, e em seguida saiu para dar um passeio de bicicleta.
Nos anos seguintes, o LSD se popularizou e caiu no gosto de
artistas e bandas famosas graças principalmente a Timothy Leary,
professor da Universidade de Harvard que virou um dos gurus da contracultura ao
propalar as virtudes terapêuticas e espirituais da droga.
Mas logo veio a bad trip: o LSD foi proibido em 1970.
Hoffmann condenou o uso indiscriminado do alucinógeno e defendeu sua utilização
em quantidades controladas para fins de pesquisa, medicinais e terapêuticos.
Inclusive, chegou a escrever o livro LSD, My Problem Child.
Lutando contra a desinformação sobre seu “filho” famoso, Hoffmann faleceu em 29
de abril de 2008 em Burg im Leimental, na Suíça.
Um dos muitos roqueiros que embarcou nas viagens do LSD foi
Syd Barrett. Mentor da fase psicodélica do Pink Floyd,
o músico começou a ter problemas mentais, agravados pelo uso da droga, chegando
ao ponto de ficar em estado catatônico nos shows e apresentações em TV.
A situação ficou insustentável, e em 6 de abril de 1968
Barrett foi saído pelo grupo. Seu posto de guitarrista já vinha sendo ocupado
por David Gilmour. Logo em seguida, o Pink Floyd lançou seu segundo
álbum, A Sacerful Of Secrets, que trouxe Jugband Blues,
a última composição de Barret interpretada por ele e gravada com o grupo.
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